Hoje, ouvi essa frase: "
O álcool era-lhe uma fuga". Admito que ela calou em minha mente por um bom espaço tempo, refleti sobre a história que ouvi e principalmente a frase que quase dilacera a minha curiosidade... Por que a fuga faz das pessoas buscarem coisas tão diferentes e tão irracionais, caminhos tão escuros e outros até sofridos e espinhosos? Por que movidos pela tentativa de se livrar de algo, alguém ou situações às vezes tomamos atitudes tão incoerentes, inconcebíveis de entendimento e que chegam até serem inconsequentes?
Fugir é um verbo que não transmite na sua essência uma boa sensação, uma emoção de prazer, muito menos um sinônimo de satisfação. Busquei todos os significados da palavra
FUGA e encontrei o seguinte: Ação ou efeito de fugir; saída ou retirada feita à pressa, para escapar a alguém ou a algum perigo; evasão; debandada; subterfúgio, escapatória; estado de perturbação psicológica, de curta duração, que leva o indivíduo a buscar ausentar-se ou desprender-se da realidade; abertura por onde o fole aspira o ar; espaço que se deixa em volta de qualquer máquina para que ela possa mover-se ou trepidar sem prejuízo da estrutura próxima; folga; parte da rabiça do arado entre o teiró e o ferro.
Podemos está equivocados quando falamos que "
não devemos fugir do que somos", pois pode ser que verdadeiramente não saibamos quem realmente somos e provavelmente possamos está enganados sobre o que deveríamos de fato ser, ou ainda estarmos defendendo uma situação, e querendo continuar nela, que não condiz com a nossa autenticidade, originalidade.
Existem princípios na vida, bases de nossa estrutura, características originais de nossa formação e o motivo pelo qual fomos criados, que não tem como negarmos, não tem como ignorarmos, não tem como
fugirmos... quer seja aqui, na China ou no Espaço. Por que insistirmos em dobrar à direita ou à esquerda se sabemos que temos que seguir em frente?... Um dia todos estaremos num "mesmo lugar", num "mesmo instante", olhando para a "mesma cena" e desejando a "mesma coisa"... Por que insistirmos em não querer a "mesma resposta"?
Um SIM ou um NÃO jamais poderá ser relativo... senão o que seria do preto se decidissem adotar ele também como sendo branco... o que seria da luz se decretassem que agora ela seria chamada de escuridão... como poderíamos defender a verdade se a julgassem como sendo mentira... "... Antes seja o vosso Sim Sim, e o vosso Não Não..." já dizia Tiago quando enviava uma carta a 12 tribos entre os anos 45 a 50 para falar de ética.
"
O álcool era-lhe uma fuga"... Tem tentado e lutado ser fiel à sua autenticidade, originalidade? ... Se não... Reflita... Qual tem sido a sua fuga?
Tudo é possível... Acredite!!!