
Lendo essa manhã Nos Bastidores da Mídia de Michelson Borges, encontrei um capítulo que fala de um mundo erotizado. O autor faz referência ao grande e explícito apelo erótico em nossos dias para quem quiser ver e até para quem não quer. Referenciou também uma matéria de capa publicada na Revista Veja, de 21 de março de 2001, que dizia o seguinte: "...há uma peculiaridade brasileira que aumenta a preocupação dos especialistas: a erotização do cotidiano. Trata-se de um fenômeno relativamente recente, que nasceu com o fim da censura imposta pelo regime militar. Desde então, ele vem assumindo proporções impressionantes. De comercial de sandálias a concursos de programas de auditório, de revistas para adolescentes a letras de música, quase todos os produtos dirigidos ao grande público são marcados por alusões maliciosas ou por situações mais explícitas...".
O verdadeiro intuito do post era chegar aqui, ao vício que atualmente tem sido muito preocupante entre os especialistas e muitas pessoas não se dão conta de que já podem fazer parte desse grupo... é o vício da pornografia pela internet. Na Revista Veja do dia 19 de julho de 2000, olha só a data, 10 anos atrás, uma matéria por título "um vício novo e preocupante" relata o seguinte: "A erotização da internet é um fenômeno mais real do que se pode imaginar à primeira vista. As pesquisas internacionais mostram que um terço dos acessos à rede é feito por pessoas que buscam algum tipo de atividade sexual virtual. Incluem-se aí visitas aos sites de conteúdo sexual explícito e as intermináveis horas passadas nas chamadas salas de bate-papo erótico. O fenômeno tem implicações comportamentais e uma surpreendente implicação enconômica. No lado do comportamento, os especialistas vêm diagnosticando com frequência o vício em sexo via Internet, que arruína casamentos e afasta as pessoas dos relacionamentos normais. No Brasil, os psicólogos já recebem pacientes se queixando de passar 14 horas por semana [2h por dia... você acha pouco ou muito pra um vício?] diante da tela em busca de aventuras eróticas virtuais. Eles não conseguem abandonar o vício sem ajuda especializada. Em troca do prazer virtual, muitas pessoas perdem completamente o contato com a realidade e necessitam de cuidados especiais para se livrar da doença - tal qual os viciados em drogas. ... Como a rede se expande numa velocidade vertiginosa, o problema tende a assumir uma dimensão cada vez maior".
Essa é uma matéria que saiu em 2000 frisando a expansão veloz da internet, ele coloca números e resultados de pesquisas assustadores... Será que agora, depois de 10 anos, temos a noção do que isso significa? Dos números? Dos casos? Dos problemas e distúrbios sexuais causados pelo acesso a Internet? ... O mais impressionante é que especialistas, psicólogos e psiquiatras dão depoimentos de que qualquer um pode se tornar um viciado e que muitos já são e não se dão conta... Esse é sempre um assunto para reflexão, pois somos usuários da internet, muitos são pais e mães que tem seus filhos expostos a uma rede sem controle e que também alguns são professores, palestrantes, bons oradores e formadores de opiniões que podem fazer algo para alertar ao seu público de um problema tão sutil e que pode contaminar qualquer um, numa lan house, no trabalho ou até mesmo dentro de casa.
Ótimo post Ric.
ResponderExcluirÉ realmente uma questão que merece uma certa atenção... A internet é um meio de comunicação e entretenimento muito expansível e fácil acesso para todo mundo...
Mas acho que mesmo com tamanho contado e tamanha socialização dessa idealização de vício, o grau de acesso e o nível de pessoas viciadas não vai diminuir. Existem muitas coisas envolvidas nisso, não somente o fácil acesso, mas fatores externos e internos que transbordam e moldam o compotamento.
Pelo menos é o que eu acho...
Abraço
Rony Welry